mostra do samba

A II Mostra do Samba de Roda do Recôncavo Baiano começou, na verdade, em 2005, quando realizamos a I Mostra do Samba de Roda do Recôncavo Baiano, em Salvador, entre 7 e 10 de dezembro. Com patrocínio e apoio integral do VI Mercado Cultural, 16 grupos de Samba de Roda e quatro artistas aí enraizados se apresentaram e celebraram os títulos recém-conquistados de patrimônio imaterial brasileiro pelo IPHAN (2004) e patrimônio imaterial da humanidade pela UNESCO (2005).
A outorga dos títulos impulsionou um sistemático e dinâmico processo de organização regional em prol da salvaguarda deste samba, que passamos a reconhecer como patrimônio nosso. No mesmo ano, foi fundada a Associação dos Sambadores e Sambadeiras do Estado da Bahia (ASSEBA) que administra desde 2007 a Casa do Samba, no antigo Solar Subaé, reformado pelo IPHAN em Santo Amaro. Um lugar de encontros, aprendizagens, memória e renovação.

A necessidade de promover espaços de interação dos Grupos de Samba com as suas plateias cativas e com novos admiradores, além de estreitar os laços entre eles mesmos, motiva a idealização desta II Mostra do Samba de Roda do Recôncavo Baiano. Através do Prêmio FUNARTE - Procultura de Apoio a Festivais e Mostras de Música, ela agora se concretiza.

A II Mostra do Samba de Roda inicia suas atividades em Salvador e segue para Santo Amaro, Maragojipe e Irará. Os 12 grupos de samba de roda que vão se apresentar têm origem em diferentes municípios e, vistos em conjunto, mostram o melhor da diversidade musical e cênica que se expressa no samba dessa região.

Todos compõem a recentemente criada Rede do Samba de Roda do Recôncavo Baiano (Pontão de Cultura/MINC) que articula, até o momento, 15 Casas do Samba. É importante destacar a participação de coordenadores e assistentes sambadores na produção da II Mostra do Samba de Roda que se soma a uma série de projetos e eventos produzidos ao longo dos anos e que ampliam suas oportunidades de aperfeiçoamento profissional.

Dessa vez, as trocas são ainda mais intensas pela possibilidade de convivência com outros grupos de matriz africana: Jongo, Carimbo e Coco. Reconhecidos ou em processo de reconhecimento como patrimônio imaterial, pelo IPHAN, além das apresentações cênico-musicais, esses grupos realizarão oficinas, rodas de conversa e seminário, disponibilizando conhecimento e diversão para os participantes.

Katharina Doring
Curadoria II Mostra do Samba

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